O drama do Fenômeno
Resolvi fazer esse post bem depois do acontecimento justamente por ter visto uma matéria veiculada no site da Revista Placar. Após a cirurgia no joelho esquerdo, o atacante Ronaldo admitiu que pode encerrar a carreira em breve, caso a sua recuperação não seja um sucesso. Uma pena se isso acontecesse. Ainda mais se tratando do ídolo de uma geração que viu o Brasil conquistar tudo e atualmente está órfã de um centroavante que deveria decidir a qualquer momento um jogo vestindo a camisa da nossa Seleção.
O ínicio
Nascido no Rio de Janeiro, Ronaldo Nazário de Lima começou a despontar no futebol vestindo a camisa do Cruzeiro (foto destaque). Aos 17 anos, o atacante marcou 57 gols em 59 jogos, conquistando o único título de sua carreira no futebol brasileiro – o Campeonato Mineiro. O sucesso foi tão grande, que em menos de dois anos, o goleador participou da equipe tetracampeã mundial nos EUA em 1994, mesmo sem jogar. Em seguida partiu para o PSV da Holanda. Em três temporadas, o faro de artilheiro permaneceu: 66 gols em 71 jogos. Já nas temporadas 1996/1997, o jogador vestia a camisa de um dos principais clubes do mundo: o Barcelona (foto principal). Mesmo sendo campeão mundial pela Seleção Brasileira, os maiores prêmios até então apareceram nestes anos: o de melhor jogador do planeta concedido pela FIFA.
O fenômeno
Em 1997, já era a estrela da seleção que venceu a Copa América na Bolívia. Em pouco mais de quatro anos de carreira como profissional, o jogador tinha uma média quase de 1 gol por partida. Assim, a Internazionale de Milão resolveu apostar no craque e pagou caro ao time espanhol. Com sua explosão, gols importantes e jogadas geniais, a torcida da Inter lhe deu o apelido que é sua marca até hoje: Fenômeno (foto destaque).
A pior fase
Em 1998, mesmo tendo problemas desconhecidos na final da Copa do Mundo contra a França, o atacante marcou quatro gols no torneio; fez uma boa temporada pela Inter e ficou em segundo lugar no prêmio da FIFA. Apesar de ser um astro e a referência para o torcedor brasileiro, viveu sua pior fase até o ano de 2001. Na virada do século, sofreu duas contusões seguidas e era figurinha descartada na Copa de 2002.
A reviravolta
A aposta foi de Felipão. Desacreditado por muitos para àquele Mundial, Ronaldo mostrou que era simplesmente Fenômeno. Fez o mundo bater palmas nos sete jogos em que atual na Coréia e Japão. Foram oito gols, sendo os dois da final. Uma volta por cima sem nenhuma contestação. Para completar o ano brilhante de 2002, garantiu o Mundial de Clubes e Campeonato Espanhol com a camisa do Real Madrid – seu novo clube após a Copa. De quebra, o terceiro título de melhor jogador do mundo da FIFA.
Os Galáticos?
O time do Real (foto destaque) no papel era espetacular. Ronaldo, Raúl, Beckham, Owen, Roberto Carlos e cia. Mas na prática, nada funcionava. Foi até artilheiro no Espanhol de 2003/04 com 25 gols, mas o time era desentrosado. A estrela do craque Ronaldinho Gaúcho ofuscou a do atacante nas duas temporadas seguintes – o que resultou o maior rival à conquista do Bi no Espanhol. As contusões surgiram com mais freqüência e o atacante precisava de novos ares. Antes de sair do Real, o jogador fez uma Copa da Alemanha de forma discreta, mas suficiente para bater o recorde de gols na história dos Mundiais: 15 assinalados em 3 edições.
Milan
No início de 2007, a diretoria do Milan (foto destaque) apostou no jogador. Não era nem sombra do Ronaldo de 1996/97 e 2002, mas com certeza um atacante diferenciado. Mesmo atuando pouco, fez alguns gols e foi importante no crescimento do Milan para a conquista da vaga na UEFA Champions League de 2007/08. A expectativa girava em torno do que o Fenômeno poderia produzir neste ano. E tudo virou uma incógnita no último dia 13. No segundo tempo do jogo contra o Livorno, o atacante substituiu Gilardino na equipe. E 3 minutos dentro de campo foi suficiente para Ronaldo se contundir sozinho dentro da pequena área.
O que esperar do futuro?
Com 31 anos e uma carreira consolidada, Ronaldo conquistou todos os títulos que têm direito, além de dinheiro, fama e status. A única dúvida é se o jogador continua sua carreira. Dependendo do sucesso de sua recuperação e da motivação em voltar aos campos, ninguém sabe o que pode acontecer.
Você pode ajudar
A expectativa de muitos é que o camisa 9 volte a jogar. Afinal, muitas pessoas só têm o futebol como alegria na vida. E para isso, a Nike criou um “Mini Portal” de interatividade entre o torcedor e Ronaldo. Através do http://nikefutebol.com/ronaldo, qualquer um pode deixar uma mensagem de apoio, ou até mesmo mandar vídeos de comemoração de um gol – da forma que Ronaldo sempre fez: com o dedo indicador para o alto. Além disso, o amante da bola pode mandar mensagens SMS como forma de incentivo e agradecimento. O intuito é apenas um: que o futebol não perca um grande jogador de forma tão pré-matura. Eu acredito, e você?
Fotos: Site oficial do jogador - www.ronaldo.com / Yahoo Esportes / Nikefutebol.com