Monday, April 28, 2008

Goleada no Mineirão


Após um placar elástico e arrasador - 5 a 0 - na primeira partida da final do Campeonato Mineiro, o Cruzeiro praticamente colocou as duas mãos na taça do Estadual. E esse post merece muito mais uma análise do que foi o diferencial para um placar tão "anormal" em clássicos do que um simples relato da partida:

Cruzeiro

Melhor em campo: sem dúvida o técnico Adílson Batista. Sem inventar como fez em algumas partidas anteriores, o comandante soube anular a principal arma do Galo – Danilinho – com a marcação feita por Marquinhos Paraná. Sem a armação do time alvinegro, os defensores Espinoza e Thiago Heleno não tinham dificuldade para marcar o garoto Renan Oliveira.
Fator decisivo: com a boa marcação no setor ofensivo atleticano, o Cruzeiro explorou suas principais jogadas pelos pés de Jadílson e Wagner. O lateral-esquerdo aproveitou a “Avenida Gérson” atordoando a zaga do Galo. Já o camisa 10 participou de praticamente todas as jogadas e ainda marcou o último gol do jogo.
O que esperar: para a partida de ida na Libertadores, o time celeste vai com muita moral para encarar os xeneizes. Perdendo ou ganhando, o técnico Adílson Batista deve poupar alguns titulares no segundo jogo do Mineiro, para encarar novamente o Boca. O torcedor do Cruzeiro não pode se iludir achando que é o novo Cruzeiro de 2003. Esse mesmo time levou um passeio para o fraco Real Potosí e ainda sofre algumas carências. A zaga não inspira tanta confiança e o lateral-esquerdo, Jadílson, é fraco tecnicamente.

Atlético

Melhor em campo: não teve. O que se viu foi apenas o meio-campo Márcio Araújo correndo feito louco pelo campo. Marcando, atacando, dando raça com a camisa do Galo. Se o time todo jogasse com o espírito do camisa 8, o Galo teria sorte melhor no Mineirão.
Pior em campo: o técnico Geninho e o lateral-direito improvisado Gérson. O primeiro mexeu muito mal na equipe na volta para o intervalo. Queimou uma substituição na esquerda ao trocar seis por meia dúzia – Thiago Feltri por Agustín Viana – e não pôde colocar um armador no decorrer do jogo. Além disso, sacou Renan Oliveira e o substituiu por Marcelo Nicácio. Se a bola não chegava para o garoto, imagina para o reserva. No primeiro tempo, o lateral-direito Gérson praticamente assistiu a partida. Perdido dentro de campo, não sabia se atacava ou se defendia. O fraco Jadílson deu um baile pela esquerda, acabando com as chances do bicampeonato alvinegro.
O que esperar: na próxima quarta-feira, o Galo encara o Náutico pelas oitavas-de-final da Copa do Brasil e precisa de qualquer forma da vitória para seguir adiante. Para este jogo, o técnico Geninho deve contar com as presenças de Petkovic, Almir e Castillo, que não puderam ser inscritos para o campeonato estadual. Mais do que necessário a classificação, é a mudança do elenco alvinegro. Pouco mais de 20 dias separam o time da estréia no Brasileirão. Apesar de serem poucos dias, ainda há tempo de novas contratações e dispensas. No ano do Centenário, a diretoria alvinegra precisa dar satisfação aos seus torcedores. Com Thiago Feltri, Gérson, Leandro Almeida, Rafael Miranda e Renan, o Galo terá muitos problemas pela frente.

Foto: Emmanuel Pinheiro - Estado de Minas

2 Comments:

Blogger Filipe Araújo said...

thiago feltri. titular há três anos. é uma piada, né? vai ganhar de quem?

abrazo!

http://gambetas.blogspot.com

Tuesday, April 29, 2008 5:11:00 AM  
Blogger Vinicius Grissi said...

Concordo com o Filipe. Com alguns jogadores, o Atlético não vai chegar a lugar nenhum. Feltri, Rafael Me engana e cia não são dignos da camisa centenária.

Discordo do Adilson como melhor em campo. Fez o que deveria ser feito. Quem deu show foi o Marquinhos Paraná, que não perdeu uma jogada.

Tuesday, April 29, 2008 6:34:00 AM  

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