Uma década sem o Deus Argentino!
Mesmo com atraso, este post não poderia faltar. Há uma década, o mundo ficou órfão de um dos maiores gênios que o futebol já presenciou. No dia 25 de outubro de 1997, Diego Armando Maradona fazia a sua última partida como profissional. E para ser melhor, num superclássico entre Boca e River no La Bombonera, vencido pelos xeneizes por 2 a 1. O camisa 10 participou apenas do primeiro tempo, e foi sacado no intervalo porque não agüentava mais se arrastar em campo devido ao desgaste físico, problemas com alcoolismo e drogas. E o resultado não poderia ser outro: foi flagrado no exame anti-doping.
Nestes últimos dez anos Maradona conviveu com idas e vindas aos hospitais, e quase resultou em uma fatalidade. Em meados do ano passado, o ex-jogador passou vários dias internado, causando comoção nos argentinos, que fizeram vigília na porta do hospital.
Mas mesmo assim, não tem como falar de futebol sem relembrar de Maradona. Com apenas 1,67m, e longe de ser franzino, o meia tinha uma habilidade fenomenal com a bola (foto ao lado). A polêmica do melhor do mundo entre Pelé e Maradona até hoje existe e é saudável. Em geral, o brasileiro vence a disputa e é considerado inalcançável no futebol. Mas Diego só faltou fazer chover jogando pelo Nápoli e na Copa da 1986. Atuando no México, o jogador carregou a Argentina nas costas e faturou o bi (foto destaque). Pelé foi muito importante no Tri em 70 para o Brasil, mas tinha ao seu lado Tostão, Jairzinho, Carlos Alberto Torres e outros. Já o hermano tinha Burruchaga e cia.
Até a transferência do Maradona para o Nápoli (foto abaixo), o clube italiano era considerado pequeno no país. Foram necessárias 4 temporadas para a torcida napolitana comemorar 5 títulos. Os dois únicos campeonatos italianos do clube (1987 e 1990), uma Copa da Itália (1990), uma Supercopa Italiana (1990) e uma Copa da UEFA (1989). Depois de sua saída, o time de Nápoles chegou na terceira divisão, mas está de volta à elite do Calcio. O carinho da torcida era tanto (foto destaque abaixo), que muitos torceram a favor dos argentinos na Copa de 1990, causando discriminação de outros torcedores.
Conhecido como “El Pibe de Oro”, ainda faturou um Torneio Metropolitano da Argentina em 1981 pelo clube do coração: Boca Juniors. E entre 1983 e 84, venceu uma Copa do Rei, um Campeonato Espanhol e uma Supercopa da Espanha atuando pelo Barcelona.
O fato é que Maradona tinha um poder de decisão impressionante, maior que Pelé. Mesmo jogando em outra época, com o futebol sem tanta exigência na parte física e tática, o “Deus” argentino teria seu lugar no futebol de hoje com certeza. Gênios como Garrincha, Puskas, Maradona, Pelé, Beckenbauer não nascem da noite pro dia. E o mundo sente falta de talentos preciosos como “El Pibe de Oro”.
"Nápoli tem de belo três coisas: o Golfo, o Vesúvio e... Maradona"
Confira o vídeo abaixo com algumas jogadas de Maradona ao som de Rodrigo (cantor que homenageia o atacante):
Fotos: http://www.vivadiego.com/inapoli.html
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