Goleada no Mineirão

Após um placar elástico e arrasador - 5 a 0 - na primeira partida da final do Campeonato Mineiro, o Cruzeiro praticamente colocou as duas mãos na taça do Estadual. E esse post merece muito mais uma análise do que foi o diferencial para um placar tão "anormal" em clássicos do que um simples relato da partida:
Cruzeiro
Melhor em campo: sem dúvida o técnico Adílson Batista. Sem inventar como fez em algumas partidas anteriores, o comandante soube anular a principal arma do Galo – Danilinho – com a marcação feita por Marquinhos Paraná. Sem a armação do time alvinegro, os defensores Espinoza e Thiago Heleno não tinham dificuldade para marcar o garoto Renan Oliveira.
Fator decisivo: com a boa marcação no setor ofensivo atleticano, o Cruzeiro explorou suas principais jogadas pelos pés de Jadílson e Wagner. O lateral-esquerdo aproveitou a “Avenida Gérson” atordoando a zaga do Galo. Já o camisa 10 participou de praticamente todas as jogadas e ainda marcou o último gol do jogo.
O que esperar: para a partida de ida na Libertadores, o time celeste vai com muita moral para encarar os xeneizes. Perdendo ou ganhando, o técnico Adílson Batista deve poupar alguns titulares no segundo jogo do Mineiro, para encarar novamente o Boca. O torcedor do Cruzeiro não pode se iludir achando que é o novo Cruzeiro de 2003. Esse mesmo time levou um passeio para o fraco Real Potosí e ainda sofre algumas carências. A zaga não inspira tanta confiança e o lateral-esquerdo, Jadílson, é fraco tecnicamente.
Atlético
Melhor em campo: não teve. O que se viu foi apenas o meio-campo Márcio Araújo correndo feito louco pelo campo. Marcando, atacando, dando raça com a camisa do Galo. Se o time todo jogasse com o espírito do camisa 8, o Galo teria sorte melhor no Mineirão.
Pior em campo: o técnico Geninho e o lateral-direito improvisado Gérson. O primeiro mexeu muito mal na equipe na volta para o intervalo. Queimou uma substituição na esquerda ao trocar seis por meia dúzia – Thiago Feltri por Agustín Viana – e não pôde colocar um armador no decorrer do jogo. Além disso, sacou Renan Oliveira e o substituiu por Marcelo Nicácio. Se a bola não chegava para o garoto, imagina para o reserva. No primeiro tempo, o lateral-direito Gérson praticamente assistiu a partida. Perdido dentro de campo, não sabia se atacava ou se defendia. O fraco Jadílson deu um baile pela esquerda, acabando com as chances do bicampeonato alvinegro.
O que esperar: na próxima quarta-feira, o Galo encara o Náutico pelas oitavas-de-final da Copa do Brasil e precisa de qualquer forma da vitória para seguir adiante. Para este jogo, o técnico Geninho deve contar com as presenças de Petkovic, Almir e Castillo, que não puderam ser inscritos para o campeonato estadual. Mais do que necessário a classificação, é a mudança do elenco alvinegro. Pouco mais de 20 dias separam o time da estréia no Brasileirão. Apesar de serem poucos dias, ainda há tempo de novas contratações e dispensas. No ano do Centenário, a diretoria alvinegra precisa dar satisfação aos seus torcedores. Com Thiago Feltri, Gérson, Leandro Almeida, Rafael Miranda e Renan, o Galo terá muitos problemas pela frente.
Foto: Emmanuel Pinheiro - Estado de Minas

O resultado foi sofrido, mas colocou o Atlético na final do Campeonato Mineiro. Com apoio de um excelente público no estádio Mário Helênio, o Tupi partiu pra cima no início e por pouco não marcou. No segundo tempo, o time da capital segurou as investidas do Tupi e fez o único gol da partida aos 45 minutos. Em passe de Danilinho, o jovem Renan Oliveira marcou um lindo gol, tocando de letra e antecipando o goleiro. Na final, o Galo precisa tirar a vantagem que é do Cruzeiro e busca o 40º título estadual.
Depois de dois resultados ruins, o Cruzeiro voltou ao Mineirão pra enfrentar o Ituiutaba. O time do Triângulo saiu na frente pelos pés de Moreno, aos 22 minutos do 1º tempo. O jogador enganou Fábio ao tentar cruzar e acertou ângulo. O Boa segurou como pôde, mas na etapa final, Espinoza igualou o jogo após dar um chute debaixo das pernas do bom goleiro Daniel. O gol da virada saiu aos 26 minutos com um belo chute de Leandro Domingues, que acabara de entrar. Com um jogador a mais, já que o lateral-direito Peterson foi expulso, o Cruzeiro aproveitou pra ampliar em outro belo gol. Após cruzamento de Marcelo Moreno pela direita, o atacante Guilherme acertou de primeira no canto direito selando a classificação para as finais.
Com o apoio de sua torcida, o Palmeiras jogou no ataque o tempo todo, mas esbarrava na boa defesa são-paulina. O time tricolor respondia no contra-ataque e por pouco não abriu o placar em chute de Adriano. Sem espaços para criar alguma jogada perigosa, o meia Léo Lima (foto destaque) arriscou da intermediária e Rogério Ceni aceitou. Na etapa final, foi a vez de Marcos trabalhar em pelo menos três boas oportunidades do São Paulo. Com a expulsão de André Dias – levou o segundo amarelo após acertar o rosto de Valdívia com o cotovelo -, o alviverde aproveitou para ampliar aos 39 minutos. Em arrancada rápida, o jovem Lenny só teve o trabalho de tocar para Valdívia, que conferiu para o gol vazio. A nota negativa foi o uso de spray de pimenta na tubulação de ar do vestiário do São Paulo. Se isso for confirmado, o Palmeiras merece ser punido. Afinal, futebol se ganha dentro de campo. Atitudes como essas deveriam ser banidas do esporte.
Em tarde quente no Rio de Janeiro, o Botafogo venceu o Flu e encara o Fla pela quarta vez no ano. O time das Laranjeiras teve ótima chance para marcar, mas Washington desperdiçou a penalidade ao acertar a trave esquerda de Castillo. Já no segundo tempo, o jogo foi bastante equilibrado e as duas equipes tiveram boas chances para marcar. Mas o único gol saiu aos 39 minutos, quando o ex-tricolor, Renato Silva (foto destaque), aproveitou um bate-rebate na área para dar o título da Taça Rio ao Botafogo (foto principal). O time alvinegro teve Alessandro e Jorge Henrique expulsos, mas o Flu não conseguiu tirar proveito. A terceira vitória do Botafogo contra o Tricolor garantiu a vaga na final do Campeonato Carioca.
Para a partida de ida das semifinais, o clube do Pontal do Triângulo optou em jogar no Mineirão, já que o seu estádio não tem capacidade mínima de 10 mil torcedores – como manda o regulamento. E para que achava que a Fazendinha era o grande trunfo do Ituiutaba, se enganou. Após o Cruzeiro abrir um placar elástico até os 20 minutos da etapa complementar – 4 a 1 -, o Boa empatou a partida irritando os torcedores celestes. Mal escalado, o Cruzeiro sofreu um apagão no fim da partida e acabou levando gol atrás de gol. Em péssima tarde, o volante Charles foi muito vaiado, além do técnico Adílson Batista, que optou por um volante improvisado na zaga, do que utilizar um de seus beques. A partida de volta é no próximo domingo, novamente no Mineirão, e a equipe do Cruzeiro joga novamente por um empate.
Em partida bastante movimentada, os clubes alvinegros fizeram um jogo com belos gols. Mas quem apareceu mais na partida foi Alício Pena Júnior. O árbitro FIFA errou em quatro lances capitais, prejudicando por três vezes o Atlético, e uma o Tupi. Mesmo assim, o clube da capital conseguiu reverter a vantagem que era do clube juizforano, em tarde inspirada do atacante Danilinho (foto destaque). Na partida de volta, no próximo sábado no estádio Mário Helênio, o Galo de Belo Horizonte joga por um empate para seguir na busca do bicampeonato mineiro.
Era o jogo mais esperado na cidade fluminense. Após muita polêmica na Taça Guanabara, Fla e Fogo voltaram a se enfrentar em jogo decisivo. Mas dessa vez, quem se deu a melhor foi o clube alvinegro. Em tarde perfeita, o time de General Severiano sequer deu chances ao rubro-negro na partida e aplicou um 3 a 0 com autoridade, com elogios até do técnico adversário. Já o artilheiro do estadual, Wellington Paulista (foto destaque), não esqueceu de alfinetar os flamenguistas, dizendo que desta vez, a vitória foi contra os titulares – na primeira fase, o Botafogo venceu o Flamengo, mas os rubro-negros pouparam vários jogadores para a disputa da Libertadores.
Na tarde de domingo, a arbitragem do bom juiz Paulo César de Oliveira deixou o Palmeiras na mão. A equipe alviverde, que entrara na partida com melhor campanha, viu o adversário Adriano (foto destaque) marcar dois gols irregulares e colocar o tricolor em vantagem para o jogo de volta. No primeiro tempo, o camisa 10 utilizou a mão (foto principal) para empurrar a bola para o fundo das redes. E na etapa complementar, o mesmo braço foi usado para deslocar o defensor palmeirense e ganhar a dividida antes de tocar para as redes. O gol de pênalti de Alex Mineiro deu ao alviverde a chance de vencer pelo placar mínimo no Parque Antártica.
