Wednesday, February 14, 2007

Soy Loco por Ti América!

Começa nesta semana a caminhada dos brasileiros ao título mais importante do continente. O Brasil, país com mais equipes na competição - seis - entra em campo nessa quarta-feira por duas vezes, com jogos do São Paulo e Flamengo. Além dos dois times, os rivais Grêmio e Internacional, o Santos e o estreante Paraná se juntam a eles.

A competição, que foi iniciada em 1960, chega a sua 48ª edição com 32 clubes. Ao longo da história, os argentinos venceram 20 vezes, seguidos pelos brasileiros, 13. Dos seis clubes nacionais, apenas o Paraná nunca venceu a competição. O São Paulo possui 3 títulos (1992-93/2006), seguido por Santos (1962-63), Grêmio (1983/95), Flamengo (1981) e Internacional, o atual campeão.

Para 2007, a expectativa é que argentinos e brasileiros cheguem ao tão desejado troféu. Mas além deles, clubes como a LDU-EQU, Colo-Colo-CHI, América-MEX e Nacional-URU poderão dar muito trabalho, como sempre aconteceu.

O destaque fica para os grupos 5 - com dois brasileiros, Paraná e Flamengo - e o 6, com três grandes equipes em busca da classificação; River Plate, LDU e Colo-Colo.
Confira um pouco mais de cada grupo dos brasileiros:

Grupo 2: SÃO PAULO (BRA) / Audax Italiano (CHI) / Necaxa (MEX) / Alianza Lima (PER)


Com a base do elenco tetracampeão brasileiro de 2006 e as contratações de Jorge Wagner, Jadílson, Hugo, Marcel e Borges, o São Paulo enfrentará clubes medianos do futebol sul-americano nesta primeira fase. A estréia ocorre nesta quarta-feira em Santiago contra o Audax. A equipe chilena não ganha um título nacional desde 1957 e pode ser considerada uma incógnita na chave. Já o Alianza sempre esteve presente nas edições do torneio, mas nunca obteve resultados expressivos. Apesar disso, o futebol peruano evoluiu muito nos últimos anos e poderá servir de lição para que o São Paulo não entre em campo como se fosse um amistoso. Já os mexicanos do Necaxa deverão ser a segunda força do grupo. Mesmo não sendo um dos maiores clubes do país, jogo contra mexicanos na Libertadores é sinônimo de muita dificuldade para os brasileiros.



Grupo 3: GRÊMIO (BRA) / Cúcuta Deportivo (COL) / Deportes Tolima (COL) / Cerro Porteño (PAR)

Depois da volta à Série A do Campeonato Brasileiro em 2006, quase ninguém acreditava no Grêmio como candidato à uma vaga da Taça Libertadores. O clube terminou o Nacional em 3º e está de volta ao torneio sul-americano em busca do Tri. A expectativa é de uma classificação tranqüila, já que ao lado dele, encontra-se dois clubes de pouca expressão do futebol colombiano, além do tradicionalíssimo Cerro Porteño, do Paraguai. Apesar disso, os vizinhos não deverão ser páreo para o tricolor gaúcho. A estréia será no dia 15 de fevereiro, às 22:45, em Assunção contra os paraguaios. Para a competição, o Grêmio aposta em jogadores experientes - como Tuta, o zagueiro argentino Schiavi, o ex-goleiro do San Lorenzo Saja - e jovens, como o prata-da-casa Lucas, os meia-atacantes Douglas e Ramon, além do ex-zagueiro cruzeirense Teco.


Grupo 4: INTERNACIONAL (BRA) / Vélez Sarsfield (ARG) / Nacional (URU) / Emelec (EQU)


O atual campeão da Libertadores e do Mundial Interclubes entra na competição com muita moral. Desacredito na final da competição do ano passado, os comandados de Abel Braga venceram o tri-campeão São Paulo em pleno Morumbi e faturaram o troféu com um empate no Beira-Rio. Depois disso tudo, foi mais desacreditado para o Japão. Venceu o Barcelona na final e calou muita gente que esperava "um chocolate" do time de Ronaldinho Gaúcho. Para a edição de 2007, o elenco perdeu Tinga, Rafael Sóbis, Fabiano Eller. Em contrapartida, Vargas, Alexandre Pato e Christian estão inscritos. Dois campeões do torneio estão ao lado do Inter. O Vélez, campeão em 1994, estreou com vitória jogando fora de casa contra o Emelec, por 1 a 0. Já o Nacional do Uruguai, é tricampeão da competição, mas não chega ao título desde 1988. Apesar de ter jogos duros contra adversários "chatos", o Inter é favoritíssimo por ser o atual campeão e ter jogadores de muita qualidade.

















Grupo 5: FLAMENGO (BRA) / PARANÁ (BRA) / Real Potosí (BOL) / Unión Maracaibo (VEN)


Depois de quase uma década, o torcedor flamenguista respira um pouco mais aliviado. Isso porque nos últimos anos a equipe viveu mais fracassos do que sucessos. Conviveu com o drama do rebaixamento várias vezes, e como se não bastasse, apostou em jogadores caros que não resolveram nada. Para 2007, a diretoria manteve o elenco, e apostou na contratação de jogadores experientes e de confiança do técnico Ney Franco. Com três equipes sem nenhuma tradição no torneio, o Flamengo tem tudo para classificar em 1º e partir em busca do Bi. Já o Paraná Clube, estreante na Libertadores terá uma missão um pouco mais difícil. Com uma possível classificação do Fla, o tricolor deverá disputar a outra vaga com o Potosí e Maracaibo. Mesmo sendo times limitados, é bom ficar atento. Muitos brasileiros já ficaram pelo caminho contra times deste porte, como Juventude, Paulista e Santo André. O lado positivo é que o Paraná eliminou o Cobreloa na fase eliminatória vencendo fora de casa por 2 a 0 e garantindo o empate de 1 a 1 em casa. A bela atuação no Chile pode servir como esperança para a torcida paranista.


Grupo 8: SANTOS (BRA) / Defensor Sporting (URU) / Deportivo Pasto (COL) / Gimnasia y Esgrima (ARG)


Bicampeão do torneio na década de 60, o Santos espera reviver os tempos de glória na competição. Em 2003, o sonhado Tri "bateu na trave" com o vicecampeonato no Morumbi, contra o Boca Juniors. Em 2007, a equipe comandada por Wanderley Luxemburgo espera bater os adversários e confirmar o título. Apesar de ser um time mais limitado que aquele de 2003, a equipe conta com a experiência do técnico, do meia Zé Roberto e do zagueiro Antônio Carlos. A equipe teve que disputar a fase eliminatória do torneio e não teve problemas. Venceu o Blooming nos dois jogos, com direito a goleada de 5 a 0 na Vila Belmiro. A expectativa é de uma classificação tranqüila também. O grupo conta com adversários fracos, mas que não podem ser desprezados. O Gimnasia y Esgrima poderá dar mais trabalho por ser um time mais organizado e contar com toda raça e malícia argentina.
Obs.: Mesmo não sendo sul-americanos, os clubes mexicanos já participam da competição há alguns anos.

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